Qualidade de Vida
O que é
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.
O problema é herdado dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como os hábitos de vida do indivíduo.
Hipertensão em números
Dados de prevalência sobre pressão alta
De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2017, a prevalência de hipertensão autorreferida passou de 22,6% em 2006 para 24,3% em 2017. A pressão alta tende a aumentar com a idade, chegando, em 2017, a 60,9% entre os adultos com 65 anos e mais; e foi menor entre aqueles com maior escolaridade, com 14,8% entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo.
De acordo com o estudo, as mulheres ainda continuam com maior prevalência de diagnóstico médico de hipertensão arterial quando comparado aos homens, tendo registrado 26,4% contra 21,7% para eles. Em 2017, as capitais com maior prevalência entre as mulheres foram Rio de Janeiro (34,7%) e Recife (30,0), e entre os homens, foram Maceió (26,3%) e Natal (26,2%). Para o total, o Rio de Janeiro (RJ) se manteve pelo segundo ano consecutivo como a capital brasileira com o maior percentual de hipertensos.Atendimento no SUS
Em 2016, foram registrados 983.256 procedimentos de internação e ambulatorial no Sistema Único de Saúde (SUS), gerando custo de R$ 61,2 milhões.
FREQ | VALOR R$ | |
Internações (SIH) | 83.688 | R$ 37.416.706,61 |
Atendimento Ambulatorial (SAI) | 899.568 | R$ 23.839.365,70 |
TOTAL | 983.256 | R$ 61.256.072,31 |
Fonte: DATASUS, em 20/04/2018, referente ao ano de 2016
Mortalidade por hipertensão
Ano do Óbito | Masc | Fem | Total |
2006 | 17164 | 19543 | 36710 |
2007 | 18468 | 20859 | 39330 |
2008 | 20303 | 22724 | 43030 |
2009 | 21082 | 23180 | 44266 |
2010 | 21190 | 23862 | 45056 |
2011 | 21699 | 24967 | 46668 |
2012 | 21212 | 24085 | 45300 |
2013 | 22031 | 24796 | 46832 |
2014 | 21382 | 24386 | 45776 |
2015 | 21893 | 25387 | 47288 |
2016 | 23529 | 26106 | 49640 |
Total | 22.9953 | 25.9895 | 4.898.96 |
Causas da pressão alta
Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles:
- Fumo
- Consumo de bebidas alcoólicas
- Obesidade
- Estresse
- Elevado consumo de sal
- Níveis altos de colesterol
- Falta de atividade física
Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da pressão alta é maior na raça negra, em diabéticos, e aumenta com a idade.
→ No Brasil,
388 pessoas morrem por dia por hipertensão
Sintomas da pressão alta
Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
Tratamento
A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelo programa Farmácia Popular. Para retirar os remédios, basta apresentar um documento de identidade com foto, CPF e receita médica dentro do prazo de validade, que são 120 dias. A receita pode ser emitida tanto por um profissional do SUS quanto por um médico que atende em hospitais ou clínicas privadas.
Diagnóstico
Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com pressão alta na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano.
Prevenção
Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:
- Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares
- Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos
- Praticar atividade física regular
- Aproveitar momentos de lazer
- Abandonar o fumo
- Moderar o consumo de álcool
- Evitar alimentos gordurosos
- Controlar o diabetes.
Fonte: Ministério da Saúde - http://saude.gov.br/saude-de-a-z/hipertensao